Voltando um pouco ao início deste circuito de Minas Gerais e Bahia, a gente teve nossa primeira parada mais longa (logo depois de desembarcarmos em BH) em São José do Goiabal. Ficamos em um hotel fazenda bem bacana e foi lá que a gente conheceu o Wanderson.
Esse menino, ao melhor estilo dos mineiros, foi chegando com uma fala mansa e uma prosa gostosa de ouvir e nos mostrava super satisfeito sua bicicleta (que ele havia ganho tocando gaita). Outra coisa que lhe causava um bocado de agrado era ensinar as moças do nosso grupo a conduzir uma charrete que por lá estava para passeios.
Mas não era só rédea, gaita e prosa não que ele manejava bem. Não é que o danado, todo galante aos seus 11 anos de idade, fazia poesia para as mesmas moças? E, além disso, cantava músicas divertidas, com histórias sobre bichos como o gavião e uma gambá. Aliás, esta última canção era uma composição dele próprio.
A gente se despediu desse garoto talentoso e foi para o primeiro dia do ciruito, em São Pedro dos Ferros, com a promessa que nos encontraríamos em Goiabal, que seria o local da nossa segunda apresentação e também onde ele morava.
Pois não é que ele estava lá, numa das primeiras fila, acompanhando desde o primeiro espetáculo?
Surgiu a ideia de inclui-lo na apresentação dos convidados locais e ele adorou a ideia. Mas quem adorou mesmo foi o público, que conheceu suas musicas e o seu carisma.
Que delícia! Esse menino tem tudo para ser um grande artista. Um balanço e um senso de ritmo fabulosos. E, como eu mesmo disse a ele: talento Deus dá, a gente tem que fazer a nossa parte.
E, quando digo a gente, gostaria que muita gente bacana cruzasse os caminhos desse menino, para ajudar a lapidar esse dom precioso que se vê ali aflorando.
Vocês podem ver algumas fotos e videos da apresentação de Wanderson e conferirem com os próprios ouvidos o que estou falando.
Boa sorte e sucesso, Wanderson.
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